sábado, 19 de janeiro de 2008

Museu dos Coches condenado?

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Sexta, 18 Janeiro 2008

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Segundo uma notícia veículada pelo público, «A futura sede do Museu Nacional dos Coches, a construir de raiz nos terrenos das antigas Oficinas Gerais do Exército, em Belém, perto do local onde hoje se encontra instalado aquele que continua a ser o mais visitado dos museus públicos portugueses, deverá vir a ser projectada por Paulo Mendes da Rocha, um dos mais prestigiados arquitectos da actualidade, que em 2006 se tornou o segundo brasileiro, após Oscar Niemeyer, a receber o Prémio Pritzker, tido como o Nobel da Arquitectura (...)».

A notícia,que continuava com alguns pormenores sobre a obra já provocou diversas reacções entre as quais a que a seguir transcrevemos:

«Os "Cavalos do Apocalipse" atacam de novo !? Será que desta vez se irá mesmo concretizar o insólito projecto de desmusealização do edifício onde funciona o Museu dos Coches, por sinal o mais visitado museu e uma das principais atracções turísticas da cidade de Lisboa, em nome de uma pretensa devolução à sua função original de picadeiro real ?


«Os "Cavalos do Apocalipse" atacam de novo !? Será que desta vez se irá mesmo concretizar o insólito projecto de desmusealização do edifício onde funciona o Museu dos Coches, por sinal o mais visitado museu e uma das principais atracções turísticas da cidade de Lisboa, em nome de uma pretensa devolução à sua função original de picadeiro real ?

Os "Cavalos do Apocalipse" atacam de novo !? Será que desta vez se irá mesmo concretizar o insólito projecto de desmusealização do edifício onde funciona o Museu dos Coches, por sinal o mais visitado museu e
uma das principais atracções turísticas da cidade de Lisboa, em nome
de uma pretensa devolução à sua função original de picadeiro real ?
Então por que não voltar a utilizar a Torre de Belém como prisão ? Há
decerto por aí muito criminoso cultural que outra coisa não mereceria,
pelos muito atentados ao património que se têm cometido, nas últimas
décadas, por pensamentos, actos ou omissões !
Então se querem gastar o "dinheirinho" do jogo não seria muito melhor
construírem nos terrenos das antigas oficinas do Exército um picadeiro
com todas as condições para a realização regular de espectáculos de
arte equestre, destinados aos turistas nacionais e estrangeiros, e a
ocasional realização de leilões de cavalos de raça, e, como
contrapartida, financiar a remodelação do actual Museu dos Coches e
construir um anexo para instalar convenientemente as suas reservas,
naquele mesmo espaço, ou noutro dos vastíssimos espaços que um
exército sem soldados continua a ocupar inexplicavelmente pela Calçada
da Ajuda acima ?

Que têm a dizer sobre isto os responsáveis máximos pela (pelo vistos
inexistente) política cultural do país ? E os directores e técnicos de
museus que vivem há mais de uma década numa apagada e vil tristeza,
sem meios materiais e humanos para conservarem e apresentarem ao
público as suas colecções com a devida dignidade, só conseguindo
manter as portas abertas com muita dificuldade, devido à sua dedicação
e profissionalismo ? Ou será que ficaram ofuscados com a "oferta" de
um museu novinho, em betão da melhor qualidade, da autoria de um
grande arquitecto internacional, como os padres de aldeia que trocam
as imagens originais, antigas, ainda que um pouco carunchosas, por
"cópias" pintadas e douradas de fresco ?

Será que concordam, ou que já abdicaram do seu direito à indignação ?»

Fonte: (O texto devidamente assinado é reproduzido do site http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/museum)

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